Da redação: DEVITO | devitooficial@yahoo.com
A seleção masculina de futebol se tornou bicampeã olímpica na manhã deste sábado, 07, em duelo decisivo contra a Espanha. Com gols de Matheus Cunha no primeiro tempo e de Malcom vindo do banco, aos dois minutos da segunda parte da prorrogação, a seleção garantiu a vitória em partida eletrizante e de tirar o folego.
Se o gol do penta foi nessa trave, o gol do ouro TINHA que ser nessa trave também.#OlimpiadasNoSporTV pic.twitter.com/GOg9OOWs2J
— SporTV (@SporTV) August 7, 2021
"A sensação é única, agradeço a todos pelo esforço. Eu insisti em mim, a gente merece. A única coisa que eu posso fazer é agradecer a todos, ao povo brasileiro. A gente sabia da dificuldade da seleção da Espanha, a capacidade deles. Eles tem muita calma, jogar sem a bola é muito difícil. Mas confiamos na nossa qualidade e quem estivesse no banco poderia fazer a diferença. Pode entrar jogador, sair, temos um método da trabalho Fizemos por merecer esse ouro", disse o jogador em entrevista ao SporTV.
A partida
Brasil e Espanha fizeram um duelo equilibrado e movimentado desde o início. Aos 15 do primeiro tempo, Diego Carlos salvou em cima da linha o que seria o gol espanhol. Aos 37, após checagem do VAR, foi assinalado pênalti do goleiro Unai Simón em saída atrapalhada da meta, atropelando Matheus Cunha. No entanto, na cobrança, Richarlison chutou por cima do gol, desperdiçando a chance de abrir o placar.
Porém, não demorou para o Brasil conseguir enfim sair na frente. Nos acréscimos da primeira etapa, Daniel Alves salvou um cruzamento de Claudinho que sairia pela linha de fundo. A bola subiu e Matheus Cunha ganhou dos zagueiros espanhois para dominar e chutar com precisão no canto esquerdo do goleiro: 1 a 0.
Na volta para o segundo tempo, a Espanha recuperou o jogo de posse de bola, enquanto o Brasil passou a se focar no contra-ataque. Foi assim que Richarlison quase ampliou. Aos seis minutos, ele recebeu na área, driblou o zagueiro e chutou. O desvio do goleiro Simón foi o suficiente para a bola sair da trajetória das redes e encontrar o travessão.
A Espanha também parou no travessão por duas vezes, até marcar aos 16. Soler cruzou da direita e Oyarzabal, de primeira, finalizou longe do alcance do goleiro Santos.
Daí em diante, a Espanha manteve a posse da bola, criando dificuldades para a seleção brasileira, mas sem conseguir transformar a vantagem em liderança no placar.
Na prorrogação, o técnico André Jardine substituiu Matheus Cunha por Malcom, uma substituição que se mostraria decisiva.
Recuperando o fôlego, o Brasil passou a dominar o jogo, utilizando principalmente o lado esquerdo, com o próprio Malcom e o lateral Guilherme Arana. O lance capital aconteceu aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação.
Malcom recebeu lançamento longo pela esquerda, passou pela marcação ao dominar a bola e saiu na cara do gol. Ele tocou na saída do goleiro para dar a vitória e o ouro ao Brasil. (Informações: Agência Brasil)
CAMPANHA DOURADA
Brasil 4 x 2 Alemanha
Brasil 0 x 0 Costa do Marfim
Brasil 3 x 1 Arábia Saudita
Brasil 1 x 0 Egito
Brasil 0 (4 x 1) 0 México
Brasil 2 x 1 Espanha
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 x 1 ESPANHA
Competição: Jogos Olímpicos de Tóquio, final do futebol masculino
Local: Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama (Japão)
Data/hora: 7 de agosto de 2021 (sábado), às 8h30 (de Brasília)
Árbitro: Chris Beath (Austrália)
Assistentes: Anton Shchetinin e George Lakrindis (ambos da Austrália)
VAR: Abdulla Al-Marri (Qatar)
Cartões amarelos: Guilherme Arana, Richarlison, Matheus Cunha, Douglas Luiz (Brasil), Eric Garcia, Bryan Gil (Espanha)
GOLS: Matheus Cunha, aos 46/1ºT (1-0), Oyarzabal, aos 14/2ºT (1-1), Malcom, aos 2/2ºT da prorrogação (2-1)
BRASIL: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier, no intervalo da prorrogação); Antony (Gabriel Menino, aos 6/2ºT da prorrogação), Matheus Cunha (Malcom, entre o tempo normal e a prorrogação) e Richarlison (Paulinho, aos 8/2ºT da prorrogação). Técnico: André Jardine.
ESPANHA: Unai Simón; Óscar Gil (Vallejo, entre o tempo normal e a prorrogação), Eric Garcia, Pau Torres e Cucurella (Juan Miranda, entre o tempo normal e a prorrogação); Zubimendi (Moncayola, aos 6/2ºT da prorrogação), Mikel Merino (Soler, no intervalo) e Pedri; Asensio (Bryan Gil, no intervalo), Dani Olmo e Oyarzabal (Rafa Mir, aos 13/1ºT da prorrogação). Técnico: Luis De la Fuente.