O esporte é uma das maiores expressões culturais da humanidade. É nele que se celebram talentos, se constroem ídolos e se unem nações. Porém, essa arena de conquistas e superações ainda é palco de uma violência persistente: o racismo.
No futebol, o mais popular dos esportes, essa realidade é ainda mais dolorosa. Infelizmente, temos presenciado repetidas atitudes racistas dentro e fora dos estádios, por parte de torcedores, jogadores e, sobretudo, dirigentes, que muitas vezes se omitem ou falham em tomar atitudes eficazes diante desses casos. Isso é inaceitável. É necessário praticar o "respeito sim” nos ambientes esportivos independente da cor ou raça da pessoa.
O esporte deve ser sinônimo de união, paixão e respeito. Um campo de igualdade e celebração da diversidade. Não podemos permitir que o racismo continue manchando a nossa história e comprometendo o futuro de gerações de atletas e torcedores. Nossa posição é uma só: “respeita nosso jogo!”
Em 2023, o Brasil registrou 250 casos de discriminação no esporte, sendo 222 só no futebol e 74% aconteceram em estádios, de acordo com o 10º Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol. Casos como o do jogador Luighi, do Palmeiras Sub-20, vítima de insultos racistas na disputa pela Taça Conmebol Libertadores sub-20, nos lembram mais uma vez que essa não é uma luta simbólica: é uma luta urgente.
Por isso a pedido do estudante de Educação Física Devidy Chagas, estamos lançando esse manifesto contra o racismo no esporte, nos posicionamos ao lado de todos aqueles que querem ser agentes de transformação para propor:
- Tolerância Zero ao Racismo: Rejeitamos qualquer forma de discriminação racial no esporte.
- Formações Coletivas: Chamamos torcedores, atletas, clubes e dirigentes à ação. Não basta não ser racista, é preciso ser ativamente antirracista.
- Criação de um guia prático e acessível para os apaixonados por esportes com práticas inclusivas, seguras e antirracistas.
- Educação Antirracista: Apoiaremos ações educativas dentro e fora do campo como o programa “Respeito SIM nas Escolas”.
- Monitoramento e Dados: Incentivamos o uso de plataformas digitais para mapear, registrar e combater a discriminação racial no esporte através da criação do "Índice Respeito SIM".
- Reconhecimento e Punição: Propomos selos para práticas positivas e penalidades severas para ações racistas através da atuação do "Conselho Respeito SIM".
- Apoio às Vítimas: Exigimos junto às entidades esportisdas suporte psicológico e protocolos específicos aos que sofrem discriminação racial nos ambientes esportivos;
Se você é torcedor, atleta, dirigente ou clube, este movimento também é seu. Divulgue esse manifesto antirracista no esporte. Compartilhe. Espalhe a mensagem. O racismo não tem vez no futebol, nas quadras, nas pistas, nos campos ou nas arquibancadas. Para saber mais detalhes sobre as ações e ser um agente de transformação assine o manifesto.
